COMO É O CÉREBRO DE UMA PESSOA COM TEA?
É inquestionável que os avanços tecnológicos tem revolucionado a visão do cérebro humano. Os estudos de neuroimagem em casos de pessoas com TEA também clarearam muitas questões em relação ao funcionamento neural desses indivíduos.
A pesquisadora Monica Zilbovicius, do Instituto Nacional da Saúde e da Pesquisa Médica (Inserm), fez um estudo usando um aparelho de tomografia por emissão de pósitrons que a partir do fluxo sanguíneo, conseguia medir a atividade em diferentes áreas do cérebro (ZORZETTO; 2011).
Algumas alterações importantes citadas pelo estudo foram no lobo temporal, que além de uma menor atividade, é menos espesso que os indivíduos neurotípicos.
Algumas áreas desse lobo tem funções importantes para o desenvolvimento social do indivíduo, o que relaciona diretamente com alguns dos comportamentos mais evidentes do espectro. Entendeu-se, então, que as alterações nas áreas citadas explicitam sintomas como a dificuldade de indentificação e interpretação das expressões faciais e gestos; e a dificuldade no desenvolvimento da linguagem verbal, derivada das alterações na percepção auditiva (ZORZETTO; 2011).
Assim como no estudo da Monica, essas mesmas alterações são citadas por Temple Gradin, em seu livro O Cérebro Autista. A autora, portadora de TEA, conta que fez exames de imagem para um estudo em Pittsburg no ano de 2006 que concluiu a baixa ativação cortical diante do estimulo visual de rostos. Temple relaciona esse resultado com a preferência a objetos (ao invés de pessoas) que muitos indivíduos autistas tem (GRANDIN; PANEK , 2015). Por fim, ela cita que “amígdalas aumentadas também ocorrem frequentemente em pessoas com autismo. Como a amígdala tem tantas funções emocionais, o autista pode se sentir como se fosse um grande nervo exposto” (GRANDIN; PANEK , 2015).
Portanto, diante desses estudos, é importante reconhecer a importância da intervenção precoce, uma vez que essa acompanha a elasticidade cerebral infantil. Com os estímulos certos, as estruturas neurais da criança podem se adaptar mais rápido e facilmente.
ZORZETTO, Ricardo. O cérebro no autismo. Pesquisa FAPESP , [s. l.], 2011.
GRANDIN, Temple; PANEK , Richard. O Cérebro Autista. [S. l.: s. n.], 2015.
A Neurobrinq se baseia em estudos científicos como este na elaboração de seus produtos com o objetivo de levar à sociedade ferramenta tecnológicas que proporcional elevar os resultados nas múltiplas terapias com indivíduos dentro do “Espectro Autista” ou com outros transtornos do neurodesenvolvimento. Leia também outros artigos nos links abaixo:
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