A pesquisa, conduzida pelo Centro Especializado
em Reabilitação (CER-IV) de Contagem - MG administrado pela APAE de Belo Horizonte, com o apoio do Núcleo
Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas do IEP/ FEAPAES – MG, vai comparar
resultados da reabilitação de crianças com TEA utilizando terapias
convencionais com os resultados obtidos nos parques multidisciplinares da
Neurobrinq.
Belo Horizonte (MG), 10 de abril de 2023 – A Federação das APAEs do Estado de Minas Gerais, que reúne aproximadamente 420 APAEs e o Centro Especializado em Reabilitação (CER IV) de Contagem – MG e administrado pela APAE de Belo Horizonte, firmaram um acordo de cooperação técnica com a Neurobrinq para testar a efetividade no processo de reabilitação das pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) no Parque Multidisciplinar iUP6D, em comparação com as terapias convencionais.
O iUP6D utiliza recursos tecnológicos para criar um ambiente interativo, que estimula o neurodesenvolvimento, a partir de brincadeiras e ações terapêuticas. As salas são conectadas a um servidor por meio de tecnologia IoT, em uma rede de wi-fi privada, e os equipamentos interagem diretamente com as crianças, ou são acionados pelo professor e/ou terapeuta por meio de um tablet.
O estudo clínico será conduzido por profissionais do CER-IV/APAE-BH, com o apoio do Instituto de Ensino e Pesquisa Darci Barbosa (IEP-MG/FEAPAES-MG), através do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas (NIEP). O IEP-MG é considerado o braço acadêmico da Federação das APAEs do Estado de Minas Gerais.
“Nesta pesquisa, vamos mensurar, por meio de medidas eletroencefalográficas, a ativação cortical em intervenções propostas no Parque Multidisciplinar iUP6D e comparar os resultados por meio das mesmas medidas obtidas na ativação cortical em ambiente terapêutico convencional”, explica Fabiana Silva Zuttin Cavalcante, coordenadora de Ensino e Pesquisa do IEP- MG.
A pesquisa terá a duração de dois anos e será realizada com um grupo controle, com 10 usuários com TEA na faixa etária de 7 a 11 anos, com as terapias convencionais; e outro grupo experimental, com 10 usuários, com as atividades no Parque Multidisciplinar iUP6D. Os parques contam com recursos tecnológicos que criam um ambiente interativo, com simuladores de chuva e vento, acionamento de jatos de spray de água e ar, difusores de essências olfativas, piscina de bolinhas iluminadas, feixes de fibras ópticas, bolhas de sabão, colunas de bolhas iluminadas, além de softwares de produção de filmes com um painel sensorial tátil.
“Estes recursos possibilitam diversas experimentações motoras, sensoriais e cognitivas às crianças”, comenta Gregston Marques, CEO e fundador da Neurobrinq, startup brasileira fundada em 2017 e que já tem mais de 50 parques instalados em APAEs, ONGs, prefeituras e clínicas de reabilitação.
Sobre a Federação das APAES de Minas Gerais
Há 30 anos prestando assistência gratuita e trabalhando pela garantia de direitos da pessoa com deficiência, a entidade reúne uma rede com aproximadamente 420 APAEs distribuídas geograficamente no Estado de Minas Gerais em 36 Conselhos Regionais.
A primeira APAE mineira surgiu no ano de 1956, na cidade de São Lourenço (MG). Em 1992, foi instituída a Federação e, em 2009, criada a Unidade Mineira da Universidade Corporativa da Rede APAE, posteriormente transformada no Instituto de Ensino e Pesquisa Darci Barbosa (IEP-MG), um espaço de desenvolvimento profissional, que promove a capacitação dos profissionais por meio de cursos à distância e presenciais, além de ações voltadas a pesquisa científica.